No final de outubro foi conhecida a condenação com pena suspensa de dois autarcas do Partido Socialista de Sintra, num caso relativo a acontecimentos passados e que não inibem a atividade política, mas que tornam eticamente incompatível a continuidade dos visado nas funções para que foram eleitos ou nomeados pela atual vereação. Tal incompatibilidade ficou ainda mais clara quando o Presidente da Câmara de Sintra os aconselhou, em reunião de Assembleia Municipal da 26 de outubro, a renunciar aos cargos ocupados em nome da ética republicana.
Na ocasião, o Bloco de Esquerda saudou a tomada de posição do edil sintrense, sublinhando a necessidade de que, em nome da transparência, as demissões fossem céleres. Dias depois, o eleito bloquista em funções no executivo da União de Freguesias de Queluz e Belas informou a presidente da Junta da sua indisponibilidade para se manter em funções se a demissão do vogal condenado, tesoureiro da junta, não se concretizasse com brevidade.
No dia 11 de novembro, confrontado com a manutenção em funções deste vogal o representante do Bloco de Esquerda apresentou a sua demissão do executivo, passando o Partido Socialista a governar em minoria.
A presidente da Junta e o referido vogal alegam motivos de passagem de pasta para justificar a manutenção em funções. O Bloco de Esquerda considera que esta é uma escolha do PS de Queluz, contrapondo com o exemplo do segundo visado neste processo, que apresentou a sua renúncia ao cargo de presidente da Junta da União de Freguesias de Sintra logo no início de novembro, após uma rápida passagem de pasta à sua sucessora.
Encontra-se aqui a carta de demissão do vogal eleito pelo Bloco de Esquerda.
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